É desconhecida a data da construção da primeira igreja da freguesia de São Martinho de Bougado.
Sabe-se que já existia em 1258, porque dão dela conhecimento as Inquirições Gerais na "Terra da Maia", quando era rei de Portugal D. Afonso III que as ordenou. Pertencia ao Mosteiro de Santo Tirso.
Os inquiridos, entre os quais Monge Pedro, pároco de então, informaram desconhecer a sua origem e os seus autores.
É de crer que essa primeira igreja tenha sido edificada pelos monges beneditinos de Santo Tirso, nos últimos anos do século XI.
Esta conjectura fundamenta-se no facto de o Mosteiro de Santo Tirso ter recebido, em 1073, de Goncinha (ou Gontinha) dezoito dos trinta e um casais existentes na freguesia, e que a construção de templos religiosos cabia aos mosteiros, nas terras sob seu património, para evangelização das populações rurais.
Em princípios de 1667, este templo é submetido a obras, se outras não as recebeu desde 1258, porquanto não há qualquer documento escrito que delas nos informe. Tais obras, quase só de restauração e conservação, foram feitas pelo Abade Pedro de Carvalho Leal. Ao edifício restaurado denominou-o de "capela", naturalmente por ser pequeno e que nem "sacristia" tinha.
Na inventariação dos objectos e paramentos existentes na pequenina igreja verificou que muitos deles se encontravam em mau estado. Mandou repará-los e adquirir os indispensáveis, novos.
É de supor que o Abade Pedro Leal tivesse encontrado grandes dificuldades financeiras para acudir ao arruinado templo e à pobreza das alfaias litúrgicas, porquanto o país atravessava uma época de tempos muito difíceis devido à Guerra da Restauração da Independência de Portugal.
Dentre as obras executadas contam-se a caiação, por dentro e por fora, da capela, a restauração do telhado, a construção de uma sacristia e de um confessionário, o levantamento do arco do templo, etc.
No longínquo ano de 1758, segundo o Abade Pimentel, ao tempo pároco de São Martinho de Bougado, a igreja desta paróquia era pequena e muito antiga. Era seu orago o glorioso S. Martinho, bispo turonense.
Não tinha naves; e só tinha três altares: o altar-mor com o Santíssimo Sacramento tendo à direita as imagens de S. Martinho e S. Pedro Apóstolo e à esquerda as de Sant' Ana e S. Paulo.
Todas estas imagens eram muito antigas, excepto a de Sant' Ana, e muito bem feitas, principalmente a de S. Martinho que era antiquíssima, e respeitável por todas as terras, mesmo ainda de longe, pelo sem-número de milagres com que Deus favoreceu a todos pela intercessão do glorioso Santo.
Os outros dois altares estavam encostados ao arco da capela-mor: da parte direita, Nossa Senhora do Rosário, em que estava a imagem do Menino Deus, e da outra parte, o altar de S. Caetano, com a imagem S. Roque; em um nicho, na parede, da parte direita, estava a imagem de S. Sebastião, obra de pouca arquitectura, que mandou fazer um abade chamado Bento de Campos, na era de 1650.
Todos estes santos eram festejados anualmente pela devoção dos mordomos.
A esta igreja vinha em romaria muita gente de todas as partes muito principalmente das freguesias circunvizinhas, ao glorioso S. Martinho, padroeiro dela, alcançando de Deus por intercessão do Santo muitos favores, de que são testemunhas as muitas e continuadas ofertas pendentes na parede do Santo na capela-mor.
No ano de 1733, aos 21 do mês de Junho, colocou-se num relicário excelente de prata, no altar-mor, com licença do bispo, uma relíquia do mesmo S. Martinho, que por sua devoção mandou vir de Roma, por via do Padre Manuel Consciência, o abade Inácio Pimentel, mandando ao seu antecessor para ser venerada nesta sua casa e templo.
Sabe-se que já existia em 1258, porque dão dela conhecimento as Inquirições Gerais na "Terra da Maia", quando era rei de Portugal D. Afonso III que as ordenou. Pertencia ao Mosteiro de Santo Tirso.
Os inquiridos, entre os quais Monge Pedro, pároco de então, informaram desconhecer a sua origem e os seus autores.
É de crer que essa primeira igreja tenha sido edificada pelos monges beneditinos de Santo Tirso, nos últimos anos do século XI.
Esta conjectura fundamenta-se no facto de o Mosteiro de Santo Tirso ter recebido, em 1073, de Goncinha (ou Gontinha) dezoito dos trinta e um casais existentes na freguesia, e que a construção de templos religiosos cabia aos mosteiros, nas terras sob seu património, para evangelização das populações rurais.
Em princípios de 1667, este templo é submetido a obras, se outras não as recebeu desde 1258, porquanto não há qualquer documento escrito que delas nos informe. Tais obras, quase só de restauração e conservação, foram feitas pelo Abade Pedro de Carvalho Leal. Ao edifício restaurado denominou-o de "capela", naturalmente por ser pequeno e que nem "sacristia" tinha.
Na inventariação dos objectos e paramentos existentes na pequenina igreja verificou que muitos deles se encontravam em mau estado. Mandou repará-los e adquirir os indispensáveis, novos.
É de supor que o Abade Pedro Leal tivesse encontrado grandes dificuldades financeiras para acudir ao arruinado templo e à pobreza das alfaias litúrgicas, porquanto o país atravessava uma época de tempos muito difíceis devido à Guerra da Restauração da Independência de Portugal.
Dentre as obras executadas contam-se a caiação, por dentro e por fora, da capela, a restauração do telhado, a construção de uma sacristia e de um confessionário, o levantamento do arco do templo, etc.
No longínquo ano de 1758, segundo o Abade Pimentel, ao tempo pároco de São Martinho de Bougado, a igreja desta paróquia era pequena e muito antiga. Era seu orago o glorioso S. Martinho, bispo turonense.
Não tinha naves; e só tinha três altares: o altar-mor com o Santíssimo Sacramento tendo à direita as imagens de S. Martinho e S. Pedro Apóstolo e à esquerda as de Sant' Ana e S. Paulo.
Todas estas imagens eram muito antigas, excepto a de Sant' Ana, e muito bem feitas, principalmente a de S. Martinho que era antiquíssima, e respeitável por todas as terras, mesmo ainda de longe, pelo sem-número de milagres com que Deus favoreceu a todos pela intercessão do glorioso Santo.
Os outros dois altares estavam encostados ao arco da capela-mor: da parte direita, Nossa Senhora do Rosário, em que estava a imagem do Menino Deus, e da outra parte, o altar de S. Caetano, com a imagem S. Roque; em um nicho, na parede, da parte direita, estava a imagem de S. Sebastião, obra de pouca arquitectura, que mandou fazer um abade chamado Bento de Campos, na era de 1650.
Todos estes santos eram festejados anualmente pela devoção dos mordomos.
A esta igreja vinha em romaria muita gente de todas as partes muito principalmente das freguesias circunvizinhas, ao glorioso S. Martinho, padroeiro dela, alcançando de Deus por intercessão do Santo muitos favores, de que são testemunhas as muitas e continuadas ofertas pendentes na parede do Santo na capela-mor.
No ano de 1733, aos 21 do mês de Junho, colocou-se num relicário excelente de prata, no altar-mor, com licença do bispo, uma relíquia do mesmo S. Martinho, que por sua devoção mandou vir de Roma, por via do Padre Manuel Consciência, o abade Inácio Pimentel, mandando ao seu antecessor para ser venerada nesta sua casa e templo.